Primeira usina siderúrgica carbono neutro do mundo e única certificada pela SGS, utilizando as metodologias do GHG Protocol da WorldSteel Association, a Aço Verde do Brasil (AVB) surgiu como pioneira na não utilização de combustíveis fósseis. “Todas as operações industriais da AVB usam apenas biocarbono, oriundos de florestas plantadas de eucalipto, que são de cultivo próprio do grupo”, explica Ricardo Carvalho Nascimento, diretor do Grupo Ferroeste.
Ele conta que enquanto muitas companhias voltadas à indústria do aço buscam neutralizar suas emissões até 2050, em 2020, a AVB alcançou sua neutralidade, e em 2021 o seu valor de inventário de emissões de CO2 foi de 0,02 tCO e/t aço, graças ao emprego do biocarbono no processo produtivo, do uso de gases de processo e da reciclagem de co-produtos.
A empresa faz parte do Grupo Ferroeste, assim como a CBF Indústria de Gusa, que também é pioneira na produção de ferro-gusa carbono neutro e de alta qualidade. “Novamente, as florestas de eucalipto funcionam como ativo fundamental para tal feito, uma vez que as produtoras utilizam biorredutor oriundo de reflorestamento,” reforça o diretor.
As florestas de eucalipto produzem a madeira essencial na produção biocarbono para a AVB e CBF, matéria-prima carbono neutro segundo o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU. “A quantidade de emissões de CO2 do biocarbono deve ser considerado como zero, pois quantidades de CO2 removidas pelas florestas, com a liberação de oxigênio, durante sua fase de crescimento (6 anos) são muito maiores do que as emissões de CO2 decorrentes da sua combustão dentro dos altos-fornos.”
A expectativa é quando o benefício adicional de remoção de CO2 da atmosfera pelas florestas plantadas da AVB e da CBF puder ser contabilizado na metodologia de cálculo do inventário anual de emissões de CO2, a AVB e CBF serão empresas fortemente geradoras de crédito de carbono para a venda no mercado brasileiro de carbono, em fase de implantação.
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